WILLIAM
CALDEIRA
LEGENDAS
01 — Amanhecer sobre o Rio Aribiri, primeira luz tocando a superfície.
02 — Reflexo do céu no valão, paisagem silenciosa da tarde.
03 — Travessia urbana ao entardecer, o rio acompanhando o bairro.
04 — Céu em chamas no crepúsculo sobre o Aribiri.
05 — Espelho d’água com nuvens, horizonte diluído no rio.
06 — Margem cultivada: hortas e cuidado cotidiano do território.
07 — Gestos de plantio e resistência à beira do rio.
08 — Cavalos pastando na área rural, entre rio e mata.
09 — Trilha entre mato e rio, onde a cidade encontra a natureza.
10 — Luz suave da manhã refletida no Aribiri.
11 — Sombra e brilho na água, árvores enquadrando o fluxo do rio.
02 — Reflexo do céu no valão, paisagem silenciosa da tarde.
03 — Travessia urbana ao entardecer, o rio acompanhando o bairro.
04 — Céu em chamas no crepúsculo sobre o Aribiri.
05 — Espelho d’água com nuvens, horizonte diluído no rio.
06 — Margem cultivada: hortas e cuidado cotidiano do território.
07 — Gestos de plantio e resistência à beira do rio.
08 — Cavalos pastando na área rural, entre rio e mata.
09 — Trilha entre mato e rio, onde a cidade encontra a natureza.
10 — Luz suave da manhã refletida no Aribiri.
11 — Sombra e brilho na água, árvores enquadrando o fluxo do rio.
SOBRE
AS IMAGENS
Aurora nasce da minha relação cotidiana com o Rio Aribiri, um território que a cidade insiste em negar ao chamá-lo de valão. Entre estigma e descaso, descubro nele uma paisagem viva: luzes da manhã, rastros de memória, presenças discretas que revelam um espaço que resiste apesar da invisibilidade. Meu olhar não parte da distância; parte da convivência. Esse rio atravessa meus caminhos, minha infância e minha percepção de mundo.
Ao longo do percurso, fotografo a tensão entre o que é descartado e o que é cuidado. Nas margens surgem hortas, pequenos jardins, cavalos pastando, crianças brincando, gestos simples, mas que afirmam pertencimento e revelam que o território periférico também produz afeto, história e beleza própria. Aurora transforma esse trecho da cidade em paisagem simbólica, onde o cotidiano dialoga com memória, resistência e imaginação.
A série se constrói como um convite ao desvio do olhar comum. Ao registrar o valão como rio, e o rio como território, proponho uma travessia que rompe estigmas e reinscreve presença onde havia apagamento. Aurora é, antes de tudo, um exercício de atenção: um modo de reconhecer que a paisagem periférica não é ausência, mas vida em fluxo.
Ao longo do percurso, fotografo a tensão entre o que é descartado e o que é cuidado. Nas margens surgem hortas, pequenos jardins, cavalos pastando, crianças brincando, gestos simples, mas que afirmam pertencimento e revelam que o território periférico também produz afeto, história e beleza própria. Aurora transforma esse trecho da cidade em paisagem simbólica, onde o cotidiano dialoga com memória, resistência e imaginação.
A série se constrói como um convite ao desvio do olhar comum. Ao registrar o valão como rio, e o rio como território, proponho uma travessia que rompe estigmas e reinscreve presença onde havia apagamento. Aurora é, antes de tudo, um exercício de atenção: um modo de reconhecer que a paisagem periférica não é ausência, mas vida em fluxo.
Texto de William Caldeira, 2025
MINI BIO

WILLIAM CALDEIRA
︎willcaldeira__
William Caldeira, fotógrafo documental e poético. Investigo tempo, território, infância e invisibilidades do cotidiano urbano. Em meu trabalho, transformo paisagens periféricas em espaço de memória e afeto. Na série “Aurora”, aproximo-me do Rio Aribiri para revelar sua presença, força e resistência.
︎willcaldeira__
William Caldeira, fotógrafo documental e poético. Investigo tempo, território, infância e invisibilidades do cotidiano urbano. Em meu trabalho, transformo paisagens periféricas em espaço de memória e afeto. Na série “Aurora”, aproximo-me do Rio Aribiri para revelar sua presença, força e resistência.